Pernambuco

Censo aponta situação precariedade da população quilombola em Pernambuco

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (19), novos dados que mostram a precariedade da população quilombola que reside em Pernambuco. Segundo eles, parte da população não tem acesso a água encanada e não tem alfabetização.

Essa foi a primeira vez que o Censo Demográfico identificou a população como grupo étnico, permitindo, assim, identificar suas condições de moradia e aprendizado.

Ao todo, no estado, há 29.040 casas particulares permanentes ocupadas com pelo menos um morador quilombola, desse total, mais de 15 mil domicílios não estão ligados à rede geral de distribuição de água como principal forma de abastecimento. Isto é, segundo o Censo, as casas são abastecidas por ligações com riachos, poços, carro-pipa, dentre outras formas, mas não tem ligação com a rede geral de distribuição.

Desse número, 11.347 domicílios particulares permanentes, com pelo menos um morador quilombola, estão ligados à rede geral de distribuição de água como principal forma de abastecimento.

Ainda segundo os dados, 25.043 casas ocupadas com pelo menos um morador quilombola tem banheiro de uso exclusivo do domicílio.

No Brasil todo, Pernambuco ficou em quinto lugar no ranking das maiores taxas de analfabetismo para a população quilombola de 15 anos ou mais. Ficando atrás de Alagoas (29,77%), Piauí (28,75%), Paraíba (26,87%) e Ceará (26,38%).

Os dados mostram que, no total de 59.623 quilombolas com mais de 15 anos de idade, 44.162 são alfabetizadas e 15.461 não são alfabetizadas.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de alfabetização dessa população, que reside em territórios quilombolas e dentro dessa faixa etária, é maior na população mais jovem. Ali, a taxa de alfabetização sobe para 79,46%. Enquanto fora dos territórios a taxa cai para 73,58%.

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