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Para moradores da Faixa de Gaza a morte é a única certeza, diz agência

“A morte parece ser a única certeza” para os 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza que não têm onde se proteger dos bombardeios israelenses, disse à AFP uma porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

“Não há lugar seguro, isso é absolutamente lamentável”, comentou em videoconferência Louise Wateridge, que está há duas semanas no território palestino, onde nenhum jornalista internacional está autorizado a entrar através de Israel.

Desde o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, o Exército israelense ataca incessantemente por ar, terra e mar essa pequena faixa de terra densamente habitada, onde faltam água e comida. Mais de 40 mil pessoas já morreram, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

Quase todos os palestinos da Faixa de Gaza já tiveram que se deslocar pelo menos uma vez, seguindo as ordens de evacuação de Israel e fugindo de bombardeios. Muitos encontraram refúgio em escolas que se tornaram acampamentos improvisados.

“Temos a impressão de que as pessoas estão à espera da morte, que parece ser a única certeza nessa situação”, disse Louise, ressaltando que “mesmo as escolas já não são um lugar seguro”.

Do JC

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