A pobreza na Argentina atingiu 52,9% da população no primeiro semestre do governo de Javier Milei. Mais da metade da população do país faz parte da estatística de pobreza divulgada nesta quinta-feira (26) pelo instituto de estatísticas Indec.
O índice, 11,2 pontos percentuais maior que o do segundo semestre de 2023, reflete o impacto de uma política de ajuste fiscal promovida pelo governo de Milei, centrada na redução de gastos e inflação, o que aprofundou a recessão econômica.
O Indec calcula a pobreza comparando os rendimentos com o custo de uma cesta básica total, que inclui alimentos, bens e serviços, estimada em cerca de 240 dólares (R$ 1.305 na cotação atual).
No segundo trimestre, o desemprego ficou em 7,6%, em um contexto de recessão, com queda de 1,7% no PIB em relação ao primeiro trimestre. A inflação, embora em desaceleração, continua entre as mais altas do mundo, atingindo 236% nos últimos 12 meses até agosto.
Com o equilíbrio fiscal como meta central, o presidente ultraliberal aplica com rigor um ajuste inédito. Desde dezembro, ele interrompeu obras públicas, demitiu milhares de servidores, eliminou subsídios às tarifas de energia, congelou o orçamento educacional, liberou os preços dos medicamentos e vetou uma lei para recompor as aposentadorias. Com informações da AFP.