A malha rodoviária do Brasil segue muito ruim, como constatado, mais uma vez, pela Pesquisa CNT Rodovias 2024, lançada nacionalmente, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Em resumo, uma em cada quatro estradas brasileiras está ruim ou péssima. Ou seja, não oferece o mínimo necessário de segurança viária – o que não surpreende num País que mata, por baixo, mais de 33 mil pessoas no trânsito, a maioria em rodovias.
O levantamento analisou 111.853 km de vias pavimentadas, o que corresponde a 67.835 km da malha federal e a 44.018 km dos principais trechos de rodovias estaduais. Na avaliação, são verificados o pavimento, a sinalização e a geometria dos trechos rodoviários.
A Pesquisa CNT Rodovias de 2024 apontou que menos de 8% (apenas 7,5%) das estradas avaliadas tiveram o estado geral ótimo – cenário que se mantém nos 28 anos do levantamento. Na comparação com 2023, por exemplo, o percentual de estradas ótimas caiu: dos 111.502 km avaliados no ano passado, 7,9% tiveram essa avaliação.
Na verdade, a maioria das rodovias foi avaliada pela CNT como regular (40,4%). E, do total da malha percorrida pela pesquisa, 25,5% foram consideradas boas. Além disso, a maioria das vias brasileiras avaliadas é composta por pistas simples de mão dupla, totalizando 94.848 km, o que representa 84,8% da extensão total.
A Pesquisa CNT Rodovias 2024 foi realizada em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). De acordo com os dados, a malha brasileira se estende por mais de 1,5 milhão de km. No entanto, somente 12,4% é pavimentada, o que corresponde a 213,5 mil km.
Se o Brasil resolvesse correr atrás do prejuízo, o trabalho seria grande e o custo exorbitante. A CNT estima que, atualmente, seriam necessários quase R$ 100 bilhões em investimentos para recuperar as estradas brasileiras.