Pernambuco é o quinto estado brasileiro que mais devolve crianças adotadas, segundo uma pesquisa desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A 6.ª edição da série Justiça Pesquisa mostra que a desistência no processo de adoção de crianças e adolescentes está relacionado a fatores como idade, comportamento e preparação das famílias.
O estudo inédito revela que Pernambuco está atrás apenas do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A nível nacional, foram identificadas 2.198 crianças e jovens com pelo menos um registro de devolução, o que representa menos de 10% do total dos 24.673 adotados desde 2019. Os dados constam no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).
A pesquisa mostra que as devoluções mais comuns ocorrem no estágio da guarda provisória, período de convivência entre a criança e o pretendente que antecede a adoção definitiva.
Ao todo, 1.665 crianças e adolescentes que estavam nesta fase da adoção foram devolvidas, o que corresponde a quase 76% do total. Os dados também sugerem maior taxa de devolução na modalidade de adoção conhecida como intuitu personae, para a qual não há previsão legal, e que consiste na entrega da criança pelos pais biológicos para terceiros, sem prévia intervenção judicial.