A Operação Chamada Restrita, deflagrada na terça-feira (03) pela Polícia Civil, mirou uma quadrilha composta por presidiários que faziam ligações para as pessoas e extorquiam dinheiro.
Para dar o golpe, os criminosos utilizavam informações obtidas em redes sociais para ameaçar as vítimas, dizendo que elas teriam envolvimento em “delações” de bandidos nas comunidades e que, como os criminosos haviam sido presos, os conhecidos “x-9” deveriam “sofrer as consequências”.
Ao todo, 15 criminosos estão envolvidos nos golpes, aplicados em vários lugares do Brasil. Esposas de presidiários e outras pessoas “alugavam” suas contas bancárias para receber o dinheiro oriundo das extorsões.
Na terça, a polícia cumpriu dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, em São Paulo e em Pernambuco. Também bloqueou R$ 1 milhão dos envolvidos.
Em entrevista coletiva concedida no Recife, o delegado Adyr Martins afirmou que a principal característica dos criminosos era a agressividade ao exigir o pagamento por meio de Pix. “Pessoas fizeram dívidas para poder pagar essas extorsões”, contou.