Pernambuco

O monopólio descabido e opressor da empresa Progresso

Há mais de 50 anos a empresa Auto Viação Progresso monopoliza as linhas rodoviárias entre Petrolina e a capital Recife nesse estado de Pernambuco. Centenas de denúncias sobre o preço abusivo das passagens, as péssimas condições dos ônibus, a falta de manutenção, a perda de malas e pertences pessoais durante o trajeto são alguns dos problemas, refletindo a perturbação no tratamento dispensado pela Auto Viação Progresso aos seus forçados passageiros, resultado de uma política pública permissiva e maléfica.

Essas reclamações contra a Auto Viação Progresso sempre foram sufocadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). E as queixas que chegam à classe dirigente de Pernambuco, na Assembleia Legislativa, não têm sucesso. É um ciclo de omissão, indiferença e covardia pública com o povo pernambucano.

E todas as vezes que há uma mobilização contra esse monopólio descarado, ela ecoa, mas tem efeito retardado, até pela dependência econômica de alguns meios de comunicação, que são fustigados por períodos de publicidade e outros expedientes escusos. A Auto Viação Progresso age de modo desrespeitoso, muitas vezes em prejuízo econômico do passageiro, oprimido por uma política de preços praticada contra a sociedade consumidora.

É incrível a força que essa empresa de ônibus detém sobre a classe política. Carros quebrados na rodovia, atrasos inexplicáveis, ônibus sujo — com a presença incômoda de insetos no interior do carro em alguns casos.

A única exceção boa é o tratamento pessoal dos motoristas e bilheteiros, atenciosos e afetuosos. De certa forma, ainda há tempo, Alepe. Que seus deputados estaduais se sensibilizem com esse atraso do transporte coletivo público nesse tempo de evolução tecnológica e avanços ao bem moral. A Auto Viação Progresso é privilegiada de tudo, em prejuízo da democratização do serviço coletivo. É só ouvir o depoimento da população e perceber a omissão de governos e parlamento. Pernambuco carrega essa pendência pública. Não dá mais pra segurar esse caos.

Por Marcelo Damasceno

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