O juiz da Vara Única de Tabira, João Paulo dos Santos Lima, determinou, na quarta-feira (19), que as corregedorias das polícias Militar e Civil de Pernambuco investiguem a conduta dos agentes envolvidos na prisão e condução do casal suspeito de estuprar e matar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, em Tabira, no Sertão do estado.
Antonio Lopes Severo, mais conhecido como “Frajola”, acabou morrendo depois de ter sido arrancado da viatura e linchado pela população, em uma cena que rodou o país. De acordo com o magistrado, os órgãos deverão investigar alegações de violência e omissão policial.
Junto com ele, também foi capturada Giselda da Silva Andrade, também suspeita do caso, escapou do linchamento, mas apresentou marcas de ferimentos na nuca e no peito.
No laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), o qual o Diário de Pernambuco teve acesso, está descrito que a suspeita tem um machucado roxo na região torácica com presença de cinco estrias paralelas, semelhante a lesões que ocorrem em casos de tapa.
O laudo ainda destaca que ela apresenta um pequeno ferimento no couro cabeludo.
“Diante da alegação de violência policial praticada pelos agentes do Estado contra a custodiada, o fato deve ser rigorosamente apurado pelas instâncias correcionais, observado o devido processo legal e seus consectários”, determina o juiz João Paulo.
Fonte: Diário de Pernambuco