Pernambuco

Quem é a ex-vereadora acusada de comandar esquema de rachadinha na Câmara de Recife

Foi com essas palavras que a vereadora Elaine Cristina, então no PSOL, encerrou seu mandato na Câmara Municipal do Recife, em dezembro de 2024, após não reunir votos suficientes para se reeleger: “Agradeço a cada assessora e assessor que contribuíram com a realização desse projeto, com dedicação e sempre trazendo a necessidade da nossa população”.

A agora ex-vereadora foi alvo da Operação Together, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, que cumpriu um total de 17 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (25). O motivo das diligências é que o gabinete de Elaine Cristina está sob investigação por “rachadinha”, como é conhecido o repasse de parte do salário do assessor para o parlamentar.

O esquema seria operado pela própria vereadora, ao lado da chefe de gabinete Girlana Diniz. Em nota, as advogadas da ex-parlamentar afirmam que ainda não tiveram acesso total ao inquérito e alegam que a Polícia Civil tem desrespeitado o amplo direito de defesa.

Elaine foi candidata a vereadora pela primeira vez em 2020. Integrante da chapa coletiva Pretas Juntas, ficou na primeira suplência nas eleições municipais de 2020 e assumiu o cargo quando Dani Portela (PSOL) se elegeu deputada estadual em 2022.

O mandato coletivo, no entanto, rachou. A ruptura foi causada por estranhamentos entre as integrantes do coletivo, que chegaram a realizar uma manifestação contra Elaine na porta da Câmara Municipal, em abril de 2023. Na época, a vereadora era acusada pela colega de coletivo, Débora Aguiar, de golpe e tentativa de isolá-la, após exonerar 4 das 5 covereadoras.

Mãe de uma criança neurodivergente e moradora de Roda de Fogo, Zona Oeste do Recife, Elaine é ativista do coletivo Mães Independentes. A organização defende a ampliação do cultivo e a produção artesanal de óleo de cannabis para o tratamento de doenças raras.

Do Diário de Pernambuco

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