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Cientistas trazem a vida Lobo-Terríveis que teriam vivido a 10 mil anos

A startup americana Colossal Biosciences gerou polêmica ao anunciar o nascimento dos lobos-terríveis Romulus, Remus e, posteriormente, Khaleesi, após um “avanço inovador na ciência da desextinção”.

Os animais, de acordo com a empresa, pertenceriam a uma espécie extinta há mais de 10 mil anos, o que seria um novo capítulo para o campo da biotecnologia.

O feito foi divulgado na última segunda-feira (7) pela revista norte-americana Time, no entanto, pesquisadores ainda aguardam dados mais precisos sobre o estudo – que gerou controversas entre os especialistas.

O renascimento desses lobos foi possível graças a uma ousada estratégia de engenharia genética. Utilizando uma técnica avançada de edição genética, cientistas da startup reconstituíram o genoma do lobo-terrível a partir de DNA extraído de fósseis de até 72 mil anos. A partir dessa base, a empresa conseguiu criar embriões de lobos cinzentos modificados para se assemelharem ao extinto predador.

Em entrevista à ABC News, Jeremy Austin, diretor do Australian Centre for Ancient DNA, afirmou que, embora o feito seja significativo, ele não constitui uma verdadeira ressurreição da espécie. Para ele, os filhotes não representam exatamente os lobos-terríveis originais, mas sim uma versão geneticamente modificada. “Se você diz que fez algo e muitas pessoas acreditam, então, bem, você fez”, apontou. “Enquanto eu acho que muitos cientistas vão coçar a cabeça, dizendo, ‘olha, você tem um lobo branco e cinza’. Isso não é um lobo-terrível sob nenhuma definição de espécie… Eu não acho que isso represente a desextinção de nenhuma maneira, forma ou formato”.

Especialistas em ética e biotecnologia alertam para os riscos potenciais desse uso. A possibilidade de criar espécies invasoras ou enfrentar consequências imprevistas, como problemas de saúde para os próprios animais, tem gerado preocupações sobre as implicações a longo prazo. Com informações do Estado de Minas.

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