Política

Estagnação nas pesquisas acende alerta entre aliados de Raquel Lyra

Frustração. Essa é a palavra que define o sentimento que toma conta dos aliados da governadora Raquel Lyra (PSD) diante dos novos números apresentados pela pesquisa do Instituto Real Time Big Data. O levantamento, divulgado na última quinta-feira (10), revela que as movimentações executadas pela governadora — sobretudo no campo político — não estão surtindo efeito algum para conter o favoritismo do prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Os números divulgados neste mês de abril pelo Instituto refletem quase exatamente os dados apresentados pelo mesmo instituto em janeiro: João com 67% e Raquel com 22%. Ou seja, em um período de quatro meses, mesmo com um conjunto de ações orquestradas para tentar minar João — a exemplo das investidas do Palácio do Campo das Princesas, que empregou mais de 30 ex-prefeitos —, das movimentações da governadora no interior e na Região Metropolitana, além da intensa oposição no Recife, o quadro continua inalterado. A única exceção diz respeito justamente aos índices de aprovação do governo Raquel Lyra, que caíram de 49% em janeiro para 46% em abril, uma queda acima da margem de erro.

O que mais chama atenção em tudo isso é que João Campos segue com um percentual elevado, praticamente concentrando sua agenda no Recife. De lá para cá, João cumpriu apenas duas agendas fora da capital: uma em São Lourenço da Mata e outra em Afogados da Ingazeira. E é justamente isso que aumenta a desconfiança dos aliados da governadora quanto à viabilidade de ela reverter o cenário diante de um adversário que sequer começou a percorrer o estado — e que, ainda assim, não só lidera com larga vantagem, como também mantém uma aprovação de 77% no Recife, mesmo diante dos ataques da oposição.

CONTRA O RELÓGIO – O mês de abril marca exatamente um ano para que João Campos se desincompatibilize do cargo de prefeito do Recife para concorrer ao Governo do Estado.

Do Marcello Patriota

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