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Nova ministra das Mulheres diz que não vai admitir recuos nos trabalhos da Pasta

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que “não vai admitir recuos” nos trabalhos da pasta. Ela falou dos recentes casos de ataques sexistas e da violência contra mulheres parlamentares e reforçou o compromisso de avançar no combate à violência política de gênero.

Ela participou de coletiva de imprensa nesta tarde na Câmara dos Deputados. Na ocasião, parlamentares entregaram à titular da pasta um documento da Secretaria da Mulher com projetos de lei em análise na Casa e recomendações orçamentárias ao ministério.

“Nós não haveremos de recuar, ao contrário nós vamos buscar aliadas e aliados porque nós queremos uma sociedade de paz, uma sociedade que nos respeite. Iremos fazer a política de mulheres, iremos cumprir a legislação e regulamentar as leis, e colocar em ação as políticas públicas do nível federal, estadual, e municipal.”

A coordenadora da Secretaria dos Direitos da Mulher, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), pediu apoio da pasta para combater a violência contra as mulheres candidatas nas eleições de 2026

“É preciso que nós contemos também com o Ministério da Mulher para as nossas campanhas para que as nossas candidatas  sejam realmente a protegidas e que tenhamos um mecanismo importante e necessário para criminalizar judicialmente quem cometa violência política.”

Durante o evento, as deputadas apresentaram minuta de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar a denominação oficial da Câmara dos Deputados para “Câmara dos Deputados e das Deputadas”, como forma de refletir a igualdade de gênero.

O documento ainda está na fase de recolhimento de assinaturas. O texto precisa ser apoiado por, no mínimo, 171 deputados para começar a tramitar na Casa.

A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), que preside a Comissão em Defesa dos Direitos das Mulheres e é autora da proposta, defendeu que a iniciativa não é “meramente uma questão de gramática”.

Da Rádio Câmara, de Brasília, Emanuelle Brasil.

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