Conhecido pela força de vontade e determinação marcante, o jovem instrutor de tiro Gabriel Ferreira Silva, de 24 anos, morador de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, morreu durante a guerra entre Rússia e Ucrânia, no último dia 11 de maio.
Ele defendia a nação ucraniana, para onde viajou desde novembro de 2024, a fim de cumprir o sonho de seguir carreira militar.
Segundo a mãe do integrante das forças especiais, a advogada Tyone Albuquerque, de 47 anos, Gabriel tombou em campo de batalha, durante um ataque russo. Eles dois tiveram contato pela última vez no último dia 8. O rapaz teria dito que iria entrar em missão e que ficaria sem contato por sete dias.
“Eu disse que o amava e ele retribuiu. Nos despedimos. Eu disse ‘vá com Deus’ e ele respondeu com um ‘amém’. Pouco tempo depois, um amigo dele nos ligou para informar sobre a morte do meu filho”, detalha ela.
Ele sempre se mostrou disposto a atender os chamados caso precisasse atuar em grandes conflitos como este, que já dura três anos. Gabriel era um apaixonado pela arte da defesa pessoal.
“Ele queria fazer o concurso da Polícia Civil de Pernambuco, mas só queria fazer se fosse o daqui. Teve [o concurso] em 2024, mas ele achava que não estava preparado para isso. Sempre teve esse sonho. Sobre esse conflito da Ucrânia com a Rússia, desde que começou a guerra ele tinha essa vontade, mas eu acredito que, por minha causa, ele não foi antes. Desde os 17 anos, ele queria ir para a Legião Estrangeira”, expressou ela.
Filho único, Gabriel era a única companhia dos pais, e ir para a Ucrânia teria sido uma decisão concebida como “consciente”. No país europeu, fez testes até ser efetivado no batalhão pelo qual lutava no confronto. Era a realização do sonho dele.
Da FolhaPE