Depois de ser atacada e abandonar audiência pública no Senado Federal em maio, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi novamente alvo de ofensas em sessão da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2). Em resposta, Marina disse que se sentiu “terrivelmente agredida” e que pediu “muita calma” em oração a Deus.
O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) voltou a dizer que ela é “adestrada” e que usa a a mesma estratégica de retórica das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e dos grupos terroristas palestino Hamas e libanês Hezbollah.
“Usei a expressão adestramento numa sessão passada, e não foi uma ofensa pessoal, porque repetições que busca resultado é adestramento”, disse Evair. “Esse modus operandi da ministra não é algo isolado. A estratégia dela é a mesma que as Farcs colombianas usam, que o Hamas, Hezbollah usam.”
Marina disse que o que acontecia naquela sessão era algo “num nível piorado” em comparação ao que aconteceu no Senado. “Depois do que aconteceu ali (no Senado), as pessoas iam achar muito normal fazer o que está acontecendo aqui num nível piorado”, afirmou Marina. “Fui terrivelmente agredida.”
Do Estadão Conteúdo