As ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) e obrigado a usar tornozeleira eletrônica, têm gerado revolta dos aliados do ex-mandatário nas redes sociais. O Governo Lula, no entanto, aborda o caso com cautela. As medidas foram impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por determinação de Moraes, Bolsonaro também não pode deixar sua residência entre as 19h e 7h; não pode entrar em contato com o seu filho Eduardo Bolsonaro, que pediu licença do mandato de deputado federal e está morando nos Estados Unidos; e está proibido de contatar embaixadores e diplomatas estrangeiros.
Os quatro filhos de Jair Bolsonaro se manifestaram em apoio ao pai através da rede social X, o antigo Twitter. Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho ‘01’, o ministro Moraes faz “inquisição” contra o ex-presidente. Vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), ‘02’, frisou que seu pai é um “homem honesto”, e que o sistema brasileiro pune injustamente quem o apoia. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ‘03’, acusou Moraes de “censura e coerção”. Vereador por Balneário Camboriú, Jair Renan (PL-SC), ‘04’, expressou orgulho do pai.
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na rede social X, que não conhece “ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro”.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, os ministros Sidônio Pereira (Secretaria de Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) têm orientado o Governo a ter cautela ao se manifestar sobre as ações contra Bolsonaro.
A própria Hoffmann havia ironizado o caso nas redes sociais, mas a publicação foi apagada. Ela disse que foi erro da sua equipe de comunicação, e que o assunto não deveria ser motivo de piada.
Em nota, os senadores pernambucanos Humberto Costa e Teresa Leitão também defenderam a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes.
Da AFP