A instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que irá investigar fraudes ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi marcada para esta quarta-feira (20), às 11h.
Na reunião, os integrantes devem confirmar os nomes do senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente do colegiado e do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator.
O início dos trabalhos foi cogitado na semana passada, mas, segundo o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), houve um pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para adiar a instalação para esta semana. Isso porque líderes partidários ainda negociavam as suas indicações para compor a CPMI (leia abaixo a lista de integrantes).
As indicações devem respeitar o princípio da proporcionalidade partidária, ou seja, os maiores blocos e partidos têm direito a mais vagas.
Omar Aziz foi indicado por Alcolumbre, em acordo com a base governista. O senador também foi o presidente da CPMI da Covid-19. Já Ricardo Ayres foi escolhido por Motta, que mirou um nome na relatoria de perfil “moderado”.
No primeiro encontro da comissão, os integrantes deverão eleger Aziz como presidente. O rito é uma formalidade, já que a indicação foi combinada por acordo político. O senador, após eleito, fará a designação oficial de Ayres para a relatoria.
A CNN apurou que os dois devem se reunir nesta segunda-feira (18) para debater o plano de trabalho do grupo.
Patrocinada pela oposição, a CPMI foi criada para investigar o esquema bilionário de descontos a aposentadorias e pensões. A abertura do colegiado foi formalizada em junho, e estava pendente a nomeação dos membros e instalação.
O esquema de descontos ilegais na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas foi revelado em abril após operação da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União).
No total, as entidades teriam cobrado de aposentados e pensionistas um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.