Política

Acusado de comandar “milícia digital palaciana” pede desligamento do Governo de Pernambuco

Um dia após ser acusado pelo deputado Álvaro Porto (PSDB) de liderar uma “milícia digital” no Palácio do Campo das Princesas, Manoel Medeiros Neto pediu o desligamento das suas funções no Governo do Estado, por meio de comunicado publicado no início da noite desta quinta-feira (21).

Jornalista e economista, Manoel estava na gestão estadual desde 2022, quando integrou o comitê de transição junto à então governadora eleita Raquel Lyra (PSD). Manoel chegou à gestão estadual através da vice-governadora Priscila Krause (PSD), com quem trabalhou entre 2011 e 2022.

Manoel ocupava a função de assessor especial da governadora Raquel Lyra, após ter deixado a gestão estadual em julho de 2024 para trabalhar na campanha de Daniel Coelho (PSD) para a prefeitura do Recife.

No Governo de Pernambuco, Manoel exerceu o cargo de secretário executivo de Informações Estratégicas, na Secretaria de Comunicação, mas também atuou como conselheiro da CEPE (Companhia Editora de Pernambuco) – órgão vinculado à Secretaria da Casa Civil e responsável pela publicação do Diário Oficial de Pernambuco – e na Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE).

Na última quarta-feira, em pronunciamento na Alepe, Álvaro Porto afirmou que uma investigação da Superintendência de Inteligência Legislativa (Suint) apontava Manoel Medeiros como o líder de uma “milícia digital palaciana”.

De acordo com Álvaro, a “milícia digital” teria como foco atingir opositores, parlamentares e instituições estaduais.

“Uma rede paga com dinheiro público para difamar, desonrar e caluniar deputados, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e outros segmentos estaduais”, disse Álvaro.

Segundo a investigação da Suint apresentada por Álvaro, imagens de câmeras de segurança mostram Manoel em uma lan house, no dia 9 de agosto, em um shopping center. Lá, Manoel teria redigido a denúncia anônima divulgada no dia seguinte contra a deputada Dani Portela (PSOL), onde acusava o gabinete da parlamentar de irregularidades na contratação de uma empresa especializada em serviços de automatização de dados.

Do JC

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