O advogado de 34 anos, que enviou um vídeo íntimo à própria filha de 16 anos, foi preso novamente, após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. Ele é investigado por estupro de vulnerável. A prisão ocorreu menos de duas semanas após o homem ter sido liberado em audiência de custódia, realizada no dia 17 de agosto.
Segundo informações da Polícia Civil, o advogado deveria utilizar tornozeleira eletrônica e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, conforme determinações da Lei Maria da Penha. No entanto, ele foi flagrado em um bar e não havia instalado o equipamento de monitoramento dentro do prazo estipulado. Diante do descumprimento, o delegado responsável pelo caso comunicou o juiz, que decretou a prisão preventiva do homem.
O caso teve início após o Dia dos Pais, quando pai e filha retomaram contato pelas redes sociais. A investigação aponta que, no dia 16 de agosto, o advogado iniciou conversas de cunho sexual com a adolescente, culminando no envio de um vídeo em que aparece se masturbando. A jovem bloqueou o pai e relatou o ocorrido a familiares, que formalizaram a denúncia na delegacia de Floresta, também no Sertão pernambucano.
Em depoimento, o advogado alegou que as mensagens teriam sido enviadas por engano e seriam destinadas a outra mulher com quem conversava simultaneamente. Ele apresentou uma captura de tela como suposta prova, mas afirmou que as mensagens trocadas com a filha foram apagadas automaticamente por estarem configuradas como temporárias. O celular foi apreendido para perícia, segundo a polícia.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) se pronunciou e protocolou representação contra o advogado na Comissão de Direitos Humanos. O caso tramita em sigilo, no âmbito do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem.
Da CBN Recife