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Nesta terça-feira (02), terceiro ataque hacker ao sistema financeiro em dois meses foi registrado

A fintech Monbank sofreu um ataque hacker nesta terça-feira (02), o terceiro incidente do tipo no setor financeiro brasileiro que vêm a público em dois meses. Foram desviados R$ 4,9 milhões, mas boa parte já foi recuperada.

O primeiro ataque hacker, o maior da história do país, foi registrado no início de julho, e o alvo foi a C&M Software, com prejuízo estimado em R$ 1 bilhão. O segundo, na última sexta-feira (29), atingiu a empresa de tecnologia financeira Sinqia, que afirmou que o desvio foi de R$ 710 milhões. Em ambos os casos, foi invadida a infraestrutura do Pix e parte do valor também foi recuperado. Em relação à Monbank, não é possível afirmar que o ataque foi ao sistema de pagamentos instantâneos.

Segundo a companhia, na manhã desta terça-feira ela identificou movimentações suspeitas em seu ambiente digital, que não afetaram nenhuma conta corrente de clientes. O incidente teve origem na própria conta de reserva institucional do banco, sem envolvimento direto de contas privadas dos clientes da instituição financeira.

“Ao perceber o ataque, a área de segurança cibernética do Monbank imediatamente interrompeu as operações da empresa e comunicou aos órgãos oficiais competentes”, diz a fintech.

Segundo ela, foram detectadas tentativas de invasão envolvendo o sistema de transferência de reservas (STR) e o sistema Pix. “Graças às múltiplas camadas de segurança do Monbank, foi possível identificar e bloquear rapidamente as operações suspeitas, evitando danos maiores ao sistema da Instituição”.

A fintech diz que embora o ataque tenha resultando inicialmente em um desvio de R$ 4,9 milhões, ainda no início da tarde desta terça-feira (02), já conseguiu recuperar R$ 4,7 milhões. “Os R$ 200 mil restantes estão sendo rastreados e bloqueados com o apoio das instituições financeiras que receberam os valores”.

A Monbank diz que, como medida de segurança, suspendeu temporariamente os ambientes SPI e SPB (PIX e TED), com o intuito de evitar novos ataques e resguardar evidências para continuidade das investigações. “Conforme preconizado pelos órgãos reguladores, como o Banco Central (BCB), o Monbank adotou todas as medidas corretivas e de segurança cabíveis. Assim que forem concluídas as investigações e houver garantia de estabilidade dos sistemas, o banco retomará todas as operações com total normalidade”.

Monbank é o nome fantasia da Monetarie, que é uma sociedade de crédito direto (SCD). Ela tem sede em Porto Alegre (RS) e recebeu a licença de SCD em 2021. O controlador é Fábio da Silveira Olson e em 2023 entrou na sociedade também Renato de Oliveira Bayer.

Do Valor

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