O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia na próxima segunda-feira (1º) a oitava edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, conhecido como Teste da Urna. A etapa, considerada uma das mais importantes formas de auditoria do processo eleitoral, seguirá até sexta-feira (5) na sede do tribunal, em Brasília.
Ao longo da semana, especialistas selecionados pela Comissão Reguladora vão colocar em prática os 38 planos de testes aprovados. A iniciativa permite que investigadoras e investigadores examinem o funcionamento dos sistemas usados na votação, apuração e transmissão de dados, com o objetivo de identificar falhas, propor melhorias e reforçar a confiança no sistema eletrônico.
O Teste da Urna de 2025 será aplicado nos programas que serão utilizados nas Eleições de 2026, como o Gerenciador de Dados e Aplicativos (Gedai-UE), o software de votação, o sistema de apuração e a ferramenta JE-Connect. Representantes da comunidade acadêmica, imprensa e observadores externos acompanharão os trabalhos.
A abertura está marcada para as 13h do dia 1º. Nos demais dias, as atividades ocorrerão das 9h às 18h. O encerramento será às 17h de sexta-feira, no Auditório II do TSE.
Como funciona o teste:
Os examinadores trabalharão em um ambiente controlado no terceiro andar do TSE, equipado com computadores, urnas, impressoras e todo o material necessário para a execução dos planos. O acesso é monitorado por câmeras, e a estrutura foi preparada para dar suporte aos participantes durante a investigação.
A prática faz parte do ciclo permanente de auditorias do tribunal, que busca manter o processo eleitoral seguro, verificável e transparente. Desde 2009, quando a primeira edição foi realizada, 157 especialistas já participaram dos testes, executando 112 planos em 247 horas acumuladas de análise. O evento tornou-se obrigatório a partir de 2016, por meio da Resolução 23.444.
A edição deste ano registrou recorde de interessados: 151 inscrições. Destas, 38 propostas de testes foram selecionadas para execução.
Do JC
