Os Correios enfrentam uma das mais graves crises de sua história. Apenas no primeiro semestre de 2025, a estatal registrou um prejuízo superior a R$ 4,4 bilhões, resultado da queda nas receitas, do aumento dos custos operacionais e da perda acelerada de competitividade em relação às empresas privadas. A informação, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela CNN, revela que a empresa acumula 13 trimestres consecutivos no vermelho, tornando-se o principal foco de pressão sobre o desempenho financeiro das estatais federais.
A situação é preocupante a ponto de a equipe econômica do governo Lula já avaliar a possibilidade de alterar a meta fiscal das estatais para 2026, com o objetivo de evitar que o rombo dos Correios continue impactando o Orçamento federal. Em 2025, o déficit da companhia só foi contido graças a um bloqueio emergencial de R$ 3 bilhões no relatório bimestral de receitas e despesas.
Empréstimo bilionário emperra na Fazenda
Para tentar evitar o colapso financeiro, o conselho administrativo da estatal aprovou a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, negociado com bancos públicos e privados. O crédito é considerado peça-chave do plano de reestruturação dos Correios, que inclui a quitação de dívidas, a regularização de pagamentos e a implementação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) capaz de reduzir o quadro de funcionários em até 10 mil colaboradores.
Especialistas alertam que, além de medidas emergenciais, a estatal precisará enfrentar desafios estruturais para recuperar competitividade e sustentabilidade financeira. A reestruturação dos Correios é vista como prioridade do governo, que busca equilibrar as contas públicas sem comprometer os serviços essenciais prestados à população.
