O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira, 15, que ter o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, associado à sua pré-candidatura à Presidência da República não seria positivo para ela.
A declaração foi feita durante uma entrevista ao canal LeoDias TV no YouTube. E ocorre na esteira de um desgaste de Trump com a militância bolsonarista.
Na sexta-feira passada, Trump tirou o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A decisão também incluiu a remoção da advogada Viviane Barci, mulher do magistrado, e do Instituto Lex, empresa administrada por Viviane com participação dos filhos do casal.
Flávio negou que a retirada das sanções representasse um enfraquecimento da família Bolsonaro. Isso porque o movimento da Casa Branca vinha rendendo créditos ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se autoexilou nos Estados Unidos para articular com a Casa Branca punições a autoridades brasileiras.
“As sanções que foram impostas ao Brasil e a Lei Magnitsky não foram manipulação do Eduardo. As empresas e os cidadãos americanos perseguidos pelo Moraes sempre foram os interesses do Trump. Acreditar que o Eduardo manipula o Trump, isso não dá. Não tem nada a ver com a minha candidatura. Nem sei se é bom ter Trump colado com a minha imagem”, disse Flávio.
Flávio reafirmou que não vai retirar sua candidatura e que as eleições presidenciais de 2026 “terá um Bolsonaro nas urnas”. E que ele deve ser uma versão mais moderada daquela que o pai foi enquanto presidente – o senador disse que a comunicação foi o principal defeito do governo Bolsonaro (2019-2022).
“As pessoas vão ver um Bolsonaro mais centrado. Eles sempre cobraram muito isso: “ah, o Bolsonaro podia falar menos”. Eu não quero falar em versão melhorada, mas acredito que (sou de um) perfil de mais conversar, buscar o diálogo, conversar com a esquerda, me dou bem com todo mundo, nunca levo para o CPF de ninguém”, declarou. As informações são do Estadão Conteúdo.
