Ronnie Lessa, ex-policial militar que é acusado de assassinar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).
Na delação, o ex-policial revelou que Domingos Brazão, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, é um dos mandantes do crime que tirou a vida de Marielle e Anderson.
A informação foi revelada ao Intercept Brasil por fontes ligadas à investigação.
Domingo, que era filiado ao MDB/PMDB, foi deputado estadual do Rio de Janeiro por cinco mandatos consecutivos.
Em abril de 2015, o ex-deputado estadual deixou o parlamentarismo para assumir o cargo vitalício de conselheiro do TCE-RJ.
Com a delação de Ronnie Lessa, o advogado de Brazão, Márcio Palma, afirmou que não tinha conhecimento sobre a delação premiada.
Ao jornal Estado de Minas, Palma disse que só soube sobre a delação pela imprensa e que o seu pedido de acesso aos autos do processo foi negado pela Justiça.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018. No crime, Ronniel Lessa efetuou disparos contra o carro em que a ex-vereadora e o motorista estavam.