ntre as autoridades espionadas estão ministros do governo de Jair Bolsonaro. A Abin paralela, segundo fontes da investigação, seguiu ilegalmente os passos de Abraham Weintraub, da Educação, Anderson Torres, da Justiça, Flavia Arruda, da Secretaria de Governo e o antecessor dela. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz estava no início do governo Bolsonaro e saiu rompido com a família do ex-presidente.
Deputados federais que foram aliados de Bolsonaro e abriram divergência durante o governo passaram a ser rastreados também pelo programa Firstmile. São eles Kim Kataguiri e Alexandre Frota.
O presidente da Câmara no primeiro biênio do governo Bolsonaro, Rodrigo Maia também foi monitorado.
A lista de senadores espionados é grande: Otto Alencar, Rogério Carvalho, Omar Aziz, Humberto Costa, Alessandro Vieira, Renan Calheiros, Simone Tebet, Soraya Thronicke e Randolfe Rodrigues.
O trabalho dos investigadores da polícia federal é minucioso. Foram mais de 60 mil acessos pelo programa espião.
Governadores também foram alvos da Abin paralela, como João Dória, eleito com o apoio de Bolsonaro no estado de São Paulo, e Camilo Santana, do PT, que governou o Ceará.
Segundo fontes da apuração, o ministro do STF Luis Roberto Barroso também foi monitorado. Ele se junta a outros dois ministros do supremo nessa lista: Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
O monitoramento ilegal era comandado, segundo as investigações, por Alexandre Ramagem, delegado da PF e ex-diretor da Abin. Mas a cabeça do esquema seria Carlos Bolsonaro, vereador pelo rio e filho do ex-presidente. Os dois negam participação no esquema ilegal e ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal.
O ministro Cristiano Zanin deu 10 dias ao Congresso para apresentar informações sobre a regulamentação do uso.
O esquema era conduzido de dentro do governo Bolsonaro. O filho Carlos e o General Heleno também estão sendo investigados.
Do Nill Junior