International Board (IFAB), responsável por regulamentar as regras do futebol, anunciou neste sábado mudanças válidas a partir deste ano. Relacionadas a pênaltis, substituições e até sobre o tamanho da caneleira, essas medidas entram em vigor a partir de 1º de julho, mas podem ser adotadas pelas competições iniciadas antes dessa data. No entanto, ficou de fora da lista a proposta do cartão azul, que consistia em uma expulsão temporária de jogadores, por 10 minutos, em caso de falta antidesportiva.
No último mês de fevereiro, o jornal inglês The Telegraph informou que os cartões azuis deveriam ser testados no futebol profissional, o que gerou reações negativas por parte de treinadores da Premier League, por exemplo, como Ange Postecoglou (Tottenham) ou Jürgen Klopp (Liverpool).
Em Glasgow, na Escócia, onde foi realizada a assembleia anual da IFAB, o presidente da Fifa Gianni Infantino disse na sexta-feira que “não tinha conhecimento” dessa proposta e que a instituição, da qual está à frente, se opunha “completamente” à proposta, conforme noticiado pela AFP. A medida do cartão azul ficou de fora do comunicado deste sábado (02), que trouxe as seguintes alterações para 2024:
- As competições poderão ter substituições adicionais em caso de concussão. A medida tinha sido testada na Copa do Mundo de 2022;
- Cada equipe deve ter um capitão, usando uma braçadeira;
- Os jogadores são responsáveis pelo tamanho de suas caneleiras. O equipamento segue como de uso obrigatório;
- Infrações de mão na bola que não são deliberadas, pelas quais são aplicadas penalidades máximas, devem ser tratadas igual às faltas comuns;
- Na cobrança de pênalti, a bola deve tocar ou ultrapassar o centro da marca do pênalti. Invasões só serão penalizadas se “tiver impacto”.
Já nas divisões inferiores foram aprovados testes em que só será permitido ao capitão falar com o árbitro em determinadas situações; maior tempo do goleiro com a bola; além dos chamados “períodos de reflexão”, em que o árbitro poderá exigir que as equipes se dirijam para dentro da área de pênalti.
O comunicado divulgado pela International Board inclui ainda a confirmação de uma campanha da Fifa, para aumentar a conscientização sobre como reconhecer sintomas de uma concussão. Já a IFAB solicitou a análise de dados médicos relacionados a esse tópico, para serem fornecidos na próxima assembleia-geral do órgão que regulamenta as regras do futebol.