A crise de saúde mental entre crianças e adolescentes em todo o mundo atingiu um ponto crítico devido à “expansão descontrolada” das redes sociais, de acordo com um relatório do grupo de direitos da criança KidsRight, divulgado nesta quarta-feira (11).
Pesquisas da organização sediada em Amsterdã e da Universidade Erasmus de Roterdã, ambas na Holanda, mostram que um em cada sete jovens entre 10 e 19 anos sofre de algum tipo de problema de saúde mental.
“O relatório deste ano é um alerta que não podemos mais ignorar”, disse Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights, em um comunicado.
“A crise de saúde mental entre nossas crianças atingiu um ponto crítico, exacerbada pela expansão descontrolada das mídias sociais, que privilegia o uso em detrimento da segurança”, disse ele.
O Índice KidsRight é um relatório anual produzido por esta fundação, que avalia o nível de adesão de 194 países aos direitos da criança e o quanto eles estão se esforçando para melhorá-los. Este ano, o documento apontou uma “correlação perturbadora” entre a deterioração da saúde mental infantil e o que descreve como uso “problemático” das redes sociais, ou seja, o uso viciante das mídias sociais que interrompe a vida diária do usuário.