Um estudo realizado pelo site americano FitRated junto com o laboratório EmLab P&K analisou 27 equipamentos de três academias de grandes redes — incluindo esteiras, bicicletas ergométricas e pesos livres — coletando amostras de bactérias. Os testes mostraram mais de um milhão de germes por polegada quadrada em cada equipamento, incluindo cocci gram-positivos, bacilos gram-negativos e Bacillus, capazes de causar infecções de pele, respiratórias e outras.
As esteiras foram os equipamentos mais contaminados — com 74 vezes mais bactérias — e as bicicletas 39 vezes mais do que superfícies comuns; os pesos livres apresentaram 362 vezes mais germes que um assento de banheiro.
Pesquisas anteriores já revelaram quais são os aparelhos mais sujos dentro de uma academia. Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizaram um estudo em que identificaram os riscos “invisíveis” presentes nas academias e apontaram que a barra de agachamento, o halter de 8 kg, a máquina de hack squat e a máquina de leg press são os equipamentos com maior presença de sujeira.
O estudo dos pesquisadores foi publicado na revista científica Journal of Human Environment and Health Promotion e contou com 120 avaliações, realizadas entre outubro e dezembro de 2023. Foram 48 testes de proteína (sujeira), que identificaram os quatro piores.
Além disso, foram feitos 28 testes pelo método de fluorescência, que utiliza emissão de luz para identificar partículas.
Os dois estudos não servem para alarmar a população ou fazer as pessoas cancelarem a matrícula nas academias, mas para alertar sobre os riscos dos ambientes de uso coletivo.