Brasil

Exército prepara celas para eventual detenção de Bolsonaro

O Exército está organizando salas especiais no Comando Militar do Planalto (CMP), localizado em Brasília, para possíveis prisões do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é um capitão reformado, e de generais sob investigação por supostamente conspirarem para um golpe de Estado.

Essa preparação ocorre antes dos depoimentos dos militares à Polícia Federal (PF) agendados para esta quinta-feira (22).

Membros das Forças Armadas afirmam que não há indicações de prisões iminentes, mas estão tomando precauções para não serem pegos desprevenidos caso ocorram detenções.

Além de Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mário Fernandes (ex-secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência) estão programados para prestar esclarecimentos à Polícia Federal em Brasília. Também serão interrogados o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

Como o ex-presidente é capitão reformado, se for emitida uma ordem de prisão, ele terá a opção de permanecer em uma unidade militar.

Foi com base nessa possibilidade que o Comando Militar do Planalto em Brasília iniciou os preparativos para as salas destinadas a potenciais prisioneiros de alta patente. Esses espaços necessitam de grades e instalações sanitárias adequadas.

Bolsonaro também já teve o passaporte apreendido no inquérito. Uma das principais provas que pesa contra o ex-presidente é a conversa encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante se ordens, que fechou delação premiada.

Mensagens trocadas por Cid com o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, em dezembro de 2022, sugerem que Bolsonaro editou o texto de uma minuta de decreto golpista para anular o resultado das eleições e prender Moraes.

A PF também encontrou, em um computador apreendido com Cid, a gravação de uma reunião entre Bolsonaro, seus ministros e auxiliares, em julho de 2022, em que o presidente cobra iniciativas para desacreditar as urnas.

Do Portal de Prefeitura

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