Afogados da Ingazeira

Vergonha: Vandalismo e depredações que custam caro aos cofres públicos escancara em Afogados da Ingazeira

Em 2020 a Prefeitura de Afogados da Ingazeira revitalizou a Praça Padre Carlos Cottart, que deixou o centro da cidade mais belo e acolhedor para os munícipes e visitantes. Em meados de 2023 a Prefeitura inaugurou um busto de um dos filhos ilustres do município, Manoel Arão de Oliveira Campos. Sentado em um autêntico banco de praça, com um livro nas mãos. Uma obra produzida pelo multiartista Edierck José.

Manoel Arão foi escritor, poeta, advogado e jornalista, atuando ainda em diversas áreas. Foi membro da Academia Pernambucana de Letras, publicou 16 livros e é o autor do Hino da Cidade do Recife. Também foi destaque na política, no Espiritismo e na Maçonaria. Portanto nada mais justo do que prestar-lhe essa homenagem.

Os afogadenses iniciaram sua manhã neste Domingo de Ramos, vendo uma barbárie em forma de vandalismo, tanto in-loco, quanto através das redes sociais e em alguns blogs da cidade, onde “marginais” travestidos de vândalos depredaram o que custou caro aos cofres públicos e aos bolsos dos contribuintes. Arrancaram de forma vil a placa que foi posta ao lado do homenageado, e achando pouco, os marginais a colocaram no colo da estátua de Manoel Arão. E essa não foi a primeira vez que esse triste episódio aconteceu.

Há de se perguntar: e onde estava a Guarda Civil Municipal? Pelo que se sabe, em Afogados da Ingazeira ainda existe, e se não se configurar como uma GCM ativa, o que justifica ter uma sede na Rua Dr. Roberto Nogueira Lima? Ter veículos que serve para estarem “rua a cima, rua abaixo” num desperdício de combustíveis as custas do pagador de impostos? Resta agora um pulso firme de alguém da administração municipal para cobrar de quem é a culpa, não se deve deixar de averiguar com rigidez esse descaso. E descobrindo o ou os vândalos, que os façam responder em nome da lei. Esses crimes são passíveis de punição, de acordo com a Lei nº 2.848/40, artigo 163, que prevê detenção de seis meses a três anos, além de multa.

O que a população deve cobrar dos responsáveis pela gestão pública, é que deixem de passar a mão na cabeça de apaniguados e ou afilhados de políticos em troca de míseros votos. Se não foi vandalismo, então porque é que pela segunda vez que acontece essa tão lastimável coincidência? Afogados da Ingazeira não merece passar por isso.

Por Pedro Araújo

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