Famosos

Um toque de saudade com Naldinho Rodrigues

Alegria folião, iniciamos o mês de fevereiro. E isso significa que o Carnaval está se aproximando. Carnaval é sinônimo de celebração e diversão. E não existe farra sem música boa, não é verdade?

Essa tradição veio lá de Portugal no século XX e depois deu lugar aos sambas-enredo das escolas de samba. Para relembrar essas canções inesquecíveis, preparamos uma seleção de marchinhas de Carnaval famosas, que não podem faltar em nenhuma folião de respeito. O que caracteriza uma marchinha de Carnaval, é a batida, semelhante à das fanfarras militares.

O ritmo é acelerado e os refrões são simples, fáceis de memorizar. Além disso, as marchinhas carregam um toque de humor, e por vezes, uma certa ironia. As composições são curtas, e suas letras costumam fazer críticas políticas e sociais. A primeira marchinha de Carnaval da história, “Abre Alas” foi composta por Chiquinha Gonzaga para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, em 1899.

O hino levou o cordão a ser o grande vencedor do desfile daquele ano e tornou-se símbolo do Carnaval carioca. ‘Allah-la-ô’, é uma marchinha dos anos 40 que fala sobre uma travessia pelo Saara. A ideia era fazer uma brincadeira comparando o calor carioca ao calor do deserto. ‘Mamãe eu quero’, uma das canções brasileiras mais famosas de todos os tempos, virou hit na voz inconfundível de Carmen Miranda, que a tornou conhecida internacionalmente após lançá-la no filme Serenata Tropical, em 1940.

Composta no final dos anos 1950, ‘Me dá um dinheiro aí’ ficou famosa na voz de Moacyr Franco. É uma das marchinhas de Carnaval das mais tradicionais, não podendo faltar em nenhum baile. ‘Cachaça não é água’, é uma das marchinhas de Carnaval engraçadas que animam qualquer bloquinho. Composta nos anos 1950, é dedicada aos foliões que curtem tomar umas e outras, especialmente a água que passarinho não bebe.

Segundo o compositor João Roberto Kelly, ‘Cabeleira do Zezé’ foi escrita em homenagem a um garçom cabeludo, que atendia a ele e seus amigos em um bar no bairro carioca do Leme. Escrita por Mário Lago, em 1941, em uma quarta-feira de cinzas, ‘Aurora’ se tornou um sucesso no ano seguinte e até hoje é cantada nos carnavais de rua pelo Brasil. A famosa frase “Daqui não saio, Daqui ninguém me tira” vem de daqui não saio, lançada em 1949, aborda questões sociais da época, como o acesso à moradia. A bela e alegre ‘Cidade Maravilhosa’ é uma homenagem ao Rio de Janeiro, cidade referência na história do Carnaval brasileiro.

As marchinhas de Carnaval são uma tradição que começou no início do século XX, quando o Brasil passou a importar marchinhas portuguesas como ‘Vassourinhas e a Baratinha’, que se tornaram grandes sucessos populares. Com melodias simples, ritmo acelerado e letras picantes e cheias de duplo sentido, as marchinhas de Carnaval brasileiras começaram a ser produzidas anualmente no Rio de Janeiro, se popularizando entre os anos de 1920 e 1950.

No entanto, a primeira marchinha brasileira da história foi composta bem antes disso: em 1899, Chiquinha Gonzaga gravou “Abre Alas”. Ainda que as marchinhas tenham perdido a popularidade a partir dos anos 1960, quando saíram de cena para dar espaço aos sambas-enredo das escolas de samba, seu prestígio permanece vivo com grandes hits que embalam o Carnaval até hoje.

Carnaval é tempo de curtição, hora de preparar aquela fantasia divertida, deixar os problemas de lado e aproveitar os quatro dias de farra como se não houvesse amanhã. Aproveitem bastante e não deixe de relembrar as eternas marchinhas, como por exemplo: ABRE ALAS…

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